Primeiro-ministro espanhol diz que apoia acordo comercial UE-EUA "sem qualquer entusiasmo"

O presidente dos EUA, Donald Trump, e a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, fecharam o acordo no domingo, fixando uma tarifa básica de 15% sobre as exportações da UE para os Estados Unidos.

Isso é menor do que as tarifas gerais de 30% que Trump havia ameaçado, mas significativamente maior do que as taxas em vigor até o momento.

"Valorizo a atitude construtiva e negociadora do presidente da Comissão Europeia. De qualquer forma, apoio este acordo comercial, mas o faço sem qualquer entusiasmo", disse Sánchez em entrevista coletiva.

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O governo disse que espera que as tarifas de Trump tenham efeito limitado na economia da Espanha, uma das mais dinâmicas do mundo desenvolvido, dada sua menor exposição ao mercado americano.

Mas alertou que certos setores, como azeite de oliva e vinho, correm maior risco, já que mais dessas exportações estão indo para os Estados Unidos.

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A Federação Espanhola das Indústrias de Alimentos e Bebidas, que representa mais de 18.000 empresas exportadoras, disse que a tarifa "põe fim ao equilíbrio do livre comércio".

"Um acordo é melhor do que uma guerra comercial aberta, mas não aceitamos que as exportações de nossos produtos para os Estados Unidos sejam penalizadas", acrescentou em um comunicado.

Os Estados Unidos são o sexto maior mercado de exportação de bens da Espanha, de acordo com o Banco da Espanha.

O comércio do país com os Estados Unidos é mais focado em serviços em comparação com o resto da zona do euro, então as tarifas terão menos impacto, acrescentou.

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